colho
essa
pérola
em
noite
de
caverna
escura
reconheço
com
o
dedo
a
esfera
úmida
em
cristais
busco
essa
flor
alga
em
água
límpida
caverna
do
meu
dragão
domado
Oreny Júnior
domingo, dezembro 27, 2009
sexta-feira, dezembro 25, 2009
menino Jesus
macambira
xique-xique
jurema
arueira
marmeleiro
dessa floresta
de sofrimento
o menino Jesus
fugiu
fugiu pra nunca mais voltar
deixou
esse povo
nordestino sofredor
descansando na vegetação rasteira
e faminta
nordeste sofredor
volta menino Jesus
e anuncias a boa nova
uma sombra
em pé de juá
um gole de água boa
um roçado de milharal
de feijão
frutinha gostosa na hora
jabuticaba
umbú do assú
volta menino Jesus
anuncia a sua poesia
recitada do alto do cabugí
na laje de pedra
e ensolação
feliz natal
menino Jesus
feliz natal
conterrâneos anordestinados
Oreny Júnior
xique-xique
jurema
arueira
marmeleiro
dessa floresta
de sofrimento
o menino Jesus
fugiu
fugiu pra nunca mais voltar
deixou
esse povo
nordestino sofredor
descansando na vegetação rasteira
e faminta
nordeste sofredor
volta menino Jesus
e anuncias a boa nova
uma sombra
em pé de juá
um gole de água boa
um roçado de milharal
de feijão
frutinha gostosa na hora
jabuticaba
umbú do assú
volta menino Jesus
anuncia a sua poesia
recitada do alto do cabugí
na laje de pedra
e ensolação
feliz natal
menino Jesus
feliz natal
conterrâneos anordestinados
Oreny Júnior
quarta-feira, dezembro 23, 2009
Jorge
jorge
mais
que
amado
jorge
de
revoluções
jorge
de
colunas
mais
que
prestes
jorge
de
zélia
caminho
em
suas
terras
mais
que
românticas
mais
que
tietes
banho-me
nesse
cacau
mais
que
néctar
flor
de
poema
Oreny Júnior
mais
que
amado
jorge
de
revoluções
jorge
de
colunas
mais
que
prestes
jorge
de
zélia
caminho
em
suas
terras
mais
que
românticas
mais
que
tietes
banho-me
nesse
cacau
mais
que
néctar
flor
de
poema
Oreny Júnior
Despí o eu
despi
o eu
no pó
lago
da poesia
esse eu
não narciso
não espelho
bêbado
de imagens
reflexos
vultos
do
medo
em poesia
Oreny Júnior
o eu
no pó
lago
da poesia
esse eu
não narciso
não espelho
bêbado
de imagens
reflexos
vultos
do
medo
em poesia
Oreny Júnior
Despedir-se
despedir-se
da
flor
para
uma
folha
para
um
fruto
para
um
gosto
mais
que
sabor
despedir-se
do
gosto
do
fruto
do
verde
da
folha
à
chegada
do
belo
da
flor
Oreny Júnior
da
flor
para
uma
folha
para
um
fruto
para
um
gosto
mais
que
sabor
despedir-se
do
gosto
do
fruto
do
verde
da
folha
à
chegada
do
belo
da
flor
Oreny Júnior
domingo, dezembro 20, 2009
Natal
Natal
é tempo de
unirmos
olhares
abraços
ações
Natal
é tempo de
afeto
carinho
Natal
é tempo de
amor
ao próximo
ao carcerário
ao hospitalizado
ao mendigo
um Natal sem fronteiras
sem discriminações
sem preconceitos
Natal
é tempo de
sorrirmos
para Jesus
Natal
é tempo de
ver minha maga
meus filhos
Natal
em Natal
Felicidade!
Oreny Júnior
é tempo de
unirmos
olhares
abraços
ações
Natal
é tempo de
afeto
carinho
Natal
é tempo de
amor
ao próximo
ao carcerário
ao hospitalizado
ao mendigo
um Natal sem fronteiras
sem discriminações
sem preconceitos
Natal
é tempo de
sorrirmos
para Jesus
Natal
é tempo de
ver minha maga
meus filhos
Natal
em Natal
Felicidade!
Oreny Júnior
domingo, dezembro 06, 2009
Que ninguém duvide da FÉ de uma criança...
que ninguém duvide da FÉ
de uma criança
ela sente
vê
acredita
o sorriso de uma criança
tem mais brilho
o coração de uma criança
bate mais forte
os olhos de uma criança
pupilam
que ninguém duvide da FÉ
de uma criança
obrigado meu sobrinho MATHEUS
você sempre acreditou
no nosso
FLUMINENSE
abraços TRICOLORES!!!!!!!!!!!
Oreny Júnior
de uma criança
ela sente
vê
acredita
o sorriso de uma criança
tem mais brilho
o coração de uma criança
bate mais forte
os olhos de uma criança
pupilam
que ninguém duvide da FÉ
de uma criança
obrigado meu sobrinho MATHEUS
você sempre acreditou
no nosso
FLUMINENSE
abraços TRICOLORES!!!!!!!!!!!
Oreny Júnior
sábado, dezembro 05, 2009
poesia na panela
galinha caipira
com arroz de mulher parida
carneiro cozido
com batata doce
feijão verde
com macaxeira e carne de sol
e uma boa manteiga da terra
no café da manhã
cuscuz com ovo
e um bom copo de café
viva a poesia
caipira nordestina
meu melhor poema
claro
acompanhado
de uma boa cachaça
51
pitú
e um belo recital
a verve fervendo
caldeirão de paixões
Oreny Júnior
com arroz de mulher parida
carneiro cozido
com batata doce
feijão verde
com macaxeira e carne de sol
e uma boa manteiga da terra
no café da manhã
cuscuz com ovo
e um bom copo de café
viva a poesia
caipira nordestina
meu melhor poema
claro
acompanhado
de uma boa cachaça
51
pitú
e um belo recital
a verve fervendo
caldeirão de paixões
Oreny Júnior
quinta-feira, dezembro 03, 2009
tecendo a palavra...
tecer a palavra
em molde de poesia
esculpindo a forma
com a mão pensante
tecer a brutalidade
para no fim
brilhar
em molde de poesia
tecer a palavra
em goethe
em rilke
em donne
tecer a palavra
no grita grita da feira
tecer a palavra
na mamulengagem
de chico daniel
tecer a palavra
na poesia dançante
de dimas carlos
tecer a palavra
existem tantos tecelões
aos milhões
montões
palavra tecida
tecido derme
epiderme
alma adormecida
umedecida
anoiteceu
vou tecer as estrelas
um eterno
colar branco
Oreny Júnior
quarta-feira, novembro 25, 2009
nos olhos...
nos olhos
um farto
pomar verde
nos olhos
um movimento
retilineamente
uniforme
nos olhos
uma estrada
uma rotina
na alma
uma vontade
de desorganizar
não quero
colírio nos meus olhos
quero sono
e sonho
sonho onde eu possa
me perder
e me achar
achar-me nos primeiros galhos
das árvores dos nossos passados
genealógicos
um sequilho vindo de são rafael
pelo carteiro meu pai
o apito do trem
próxima estação?
esperança rascunhada de poesia
nos olhos um conto
cem contos
um poema
nos becos
pés descalços
sangue bêbado
nos olhos
você...minha filha
rasgando as idiotices alheias
nos olhos
uma pinga
lábios
língua
avermelhando
o desejo de te abraçar
nos olhos
um clique
fotografando seu sorriso
isadoramente bela
nos olhos
você
Oreny Júnior
um farto
pomar verde
nos olhos
um movimento
retilineamente
uniforme
nos olhos
uma estrada
uma rotina
na alma
uma vontade
de desorganizar
não quero
colírio nos meus olhos
quero sono
e sonho
sonho onde eu possa
me perder
e me achar
achar-me nos primeiros galhos
das árvores dos nossos passados
genealógicos
um sequilho vindo de são rafael
pelo carteiro meu pai
o apito do trem
próxima estação?
esperança rascunhada de poesia
nos olhos um conto
cem contos
um poema
nos becos
pés descalços
sangue bêbado
nos olhos
você...minha filha
rasgando as idiotices alheias
nos olhos
uma pinga
lábios
língua
avermelhando
o desejo de te abraçar
nos olhos
um clique
fotografando seu sorriso
isadoramente bela
nos olhos
você
Oreny Júnior
domingo, novembro 15, 2009
sinto falta...
sinto falta
do poema
escrito no papel
sinto falta
da raspagem do papeiro
sinto falta
dos banhos de chuva
sinto falta
dos deveres de casa
sinto falta
do acordar de madrugada
com o choro do filho novo
sinto falta
do feijão com charque
feito por minha mãe
sinto falta
das festas da padroeira
da cidade da esperança
sinto falta
de ver papai
tratando seus passarinhos
sinto falta
do horário intermediário
no celestino pimentel
sinto falta
da molecagem descompromissada
sinto falta
dos vinil
quando vandré chorava
em suas músicas
sinto falta
dos caldeirões
em dias de sábado
doado pela saudosa
joana guedes
sinto falta
dos meus amigos
que sorriam
e não conheciam
a tristeza
nem tanquanto o choro
sinto falta
quando cheguei bêbado
na maternidade
para conhecer meu primeiro filho
sinto falta
das meladinhas do nazi
sinto falta
de seu joaquim
do picado na feira
sinto falta
de ti
de mim
de nós
Oreny Júnior
do poema
escrito no papel
sinto falta
da raspagem do papeiro
sinto falta
dos banhos de chuva
sinto falta
dos deveres de casa
sinto falta
do acordar de madrugada
com o choro do filho novo
sinto falta
do feijão com charque
feito por minha mãe
sinto falta
das festas da padroeira
da cidade da esperança
sinto falta
de ver papai
tratando seus passarinhos
sinto falta
do horário intermediário
no celestino pimentel
sinto falta
da molecagem descompromissada
sinto falta
dos vinil
quando vandré chorava
em suas músicas
sinto falta
dos caldeirões
em dias de sábado
doado pela saudosa
joana guedes
sinto falta
dos meus amigos
que sorriam
e não conheciam
a tristeza
nem tanquanto o choro
sinto falta
quando cheguei bêbado
na maternidade
para conhecer meu primeiro filho
sinto falta
das meladinhas do nazi
sinto falta
de seu joaquim
do picado na feira
sinto falta
de ti
de mim
de nós
Oreny Júnior
quinta-feira, novembro 12, 2009
canções
a canção
derradeira
foi o último
trago
desse cigarro
estragado
com marcas
de batons
vencidos
onde o beijo
deixou
de ser beijo
e a canção
primeira
é a estrofe
nupcial
do nosso
penúltimo
encontro
Oreny Júnior
derradeira
foi o último
trago
desse cigarro
estragado
com marcas
de batons
vencidos
onde o beijo
deixou
de ser beijo
e a canção
primeira
é a estrofe
nupcial
do nosso
penúltimo
encontro
Oreny Júnior
segunda-feira, novembro 09, 2009
joana guedes
choveu pétalas
no céu
para receber
joana guedes
matriarca angicana
a flor de mandacarú sorriu
o sertão sorriu
o gibão a cobriu
do sol
dos espinhos
dos frios
vividos
de sertões
em sertões
ela cria
o sertão vai virar mar
vai sim senhor
um mar de mãe
mãe dos afoitos
amigos meus
joana
flor da açucena
Oreny Júnior
(a joana guedes, in memorian)
no céu
para receber
joana guedes
matriarca angicana
a flor de mandacarú sorriu
o sertão sorriu
o gibão a cobriu
do sol
dos espinhos
dos frios
vividos
de sertões
em sertões
ela cria
o sertão vai virar mar
vai sim senhor
um mar de mãe
mãe dos afoitos
amigos meus
joana
flor da açucena
Oreny Júnior
(a joana guedes, in memorian)
sexta-feira, novembro 06, 2009
passados...
passados
os contos
restam-nos
os cantos
cânticos
assoletrados
harmoniosamente
na nossa alma
passados
os cantos
restam-nos
os contos
contados
causo a causo
na nossa mente
passados
os contos
os cantos
sobra
a poesia
contada
cantada
na nossa língua
de poeta
Oreny Júnior
os contos
restam-nos
os cantos
cânticos
assoletrados
harmoniosamente
na nossa alma
passados
os cantos
restam-nos
os contos
contados
causo a causo
na nossa mente
passados
os contos
os cantos
sobra
a poesia
contada
cantada
na nossa língua
de poeta
Oreny Júnior
o silêncio...
o silêncio
me embebeda
nessas paredes
que nada falam
meros 4 x 4
paredes frias
que transpiram
torturas
acordo
na ressaca
da saudade
sem cura
o silêncio
ator principal
quando se perde
a grande amada
o silêncio
filho da puta
esse
silêncio
Oreny Júnior
me embebeda
nessas paredes
que nada falam
meros 4 x 4
paredes frias
que transpiram
torturas
acordo
na ressaca
da saudade
sem cura
o silêncio
ator principal
quando se perde
a grande amada
o silêncio
filho da puta
esse
silêncio
Oreny Júnior
quinta-feira, novembro 05, 2009
parabens dona zefa
felicidades
dona josefa
parabens
minha mãe
essa mulher
que não desiste
de lutar
de sorrir
parabens mamãe
essa mulher seridó
de poesia analfabeta
colocou-me num banco de escola
fazendo da aridez da sua terra
a esperança de um futuro
aos seus filhos
parabens dona zefa
hoje
degusto o paladar da sua cocada
a água que hoje bebo
foi o ponto certo do doce cocadeiro
parabens mãe
não sou só seu filho
sou seu poeta
sou seu fã
Oreny Júnior
(em homenagem ao aniversário da minha mãe, dona zefa)
dona josefa
parabens
minha mãe
essa mulher
que não desiste
de lutar
de sorrir
parabens mamãe
essa mulher seridó
de poesia analfabeta
colocou-me num banco de escola
fazendo da aridez da sua terra
a esperança de um futuro
aos seus filhos
parabens dona zefa
hoje
degusto o paladar da sua cocada
a água que hoje bebo
foi o ponto certo do doce cocadeiro
parabens mãe
não sou só seu filho
sou seu poeta
sou seu fã
Oreny Júnior
(em homenagem ao aniversário da minha mãe, dona zefa)
quinta-feira, outubro 29, 2009
como tudo, quando...
como tudo
quando fez-me:
homem...
amante...
como tudo
quando faz-me:
bela...
mulher...
como tudo
quando toca-me:
um coração
de midas...
como tudo
quando me olhas:
com olhos brilhantes
de estrelas perdidas...
como tudo
quando andas:
um anjo torto
de passos apaixonados...
como tudo
quando reclamas:
nossa ausência...
como tudo
quando fala-me:
oi...
como tudo
quando não mais te vejo:
choro...
Oreny Júnior
quando fez-me:
homem...
amante...
como tudo
quando faz-me:
bela...
mulher...
como tudo
quando toca-me:
um coração
de midas...
como tudo
quando me olhas:
com olhos brilhantes
de estrelas perdidas...
como tudo
quando andas:
um anjo torto
de passos apaixonados...
como tudo
quando reclamas:
nossa ausência...
como tudo
quando fala-me:
oi...
como tudo
quando não mais te vejo:
choro...
Oreny Júnior
domingo, outubro 18, 2009
a mata em flor
a mata
está em processo
de parto
um parto
em flor
a vulva
se arreganha
no verde
rósea
a mata
que é bela
a mata
que é flor
as flores
choram
com
os filhos que nascem
um olhar
na flor
um olhar
na alma
um olhar
em Deus
Oreny Júnior
está em processo
de parto
um parto
em flor
a vulva
se arreganha
no verde
rósea
a mata
que é bela
a mata
que é flor
as flores
choram
com
os filhos que nascem
um olhar
na flor
um olhar
na alma
um olhar
em Deus
Oreny Júnior
quinta-feira, outubro 15, 2009
o ontem
o ontem
adormeceu
em pedras
do passado
no jazigo
o epitáfio
"saudade
do que deixei
de fazer"
o ontem
é tarde
à palavra
não dita
o ontem
ah!
o ontem
Oreny Júnior
adormeceu
em pedras
do passado
no jazigo
o epitáfio
"saudade
do que deixei
de fazer"
o ontem
é tarde
à palavra
não dita
o ontem
ah!
o ontem
Oreny Júnior
sábado, outubro 10, 2009
esperançar
esperança
amiga de infância
campo de futebol
onde barrados e titulares
duelavam
numa eterna arena
cidade de vênus
intermunicipal
com seus matinês
o cajú
ficava lá no sítio do soldado
a manga
ficava no sítio da viúva machado
vaquejada
ficava na cidade nova
esperança
velha amiga de infância
surfava em táboas de morro
onde a vela era a parafina
para o vôo
esperança
amiga minha de infância
do seu raimundo soares
celestino pimentel
belém câmara
os campi da vida
esperança capitã
de capitão pereira
seu lopes
esperança minha infância adormecida
esperança crescida
esperança saboreada
nos bares de seu joaquim
a aurino cavalcanti
esperança de cabarés
de sônia a maria creuza
esperança
amiga minha de infância
esperança
sorrisos
poesias
e canções
de esperanças
Oreny Júnior
amiga de infância
campo de futebol
onde barrados e titulares
duelavam
numa eterna arena
cidade de vênus
intermunicipal
com seus matinês
o cajú
ficava lá no sítio do soldado
a manga
ficava no sítio da viúva machado
vaquejada
ficava na cidade nova
esperança
velha amiga de infância
surfava em táboas de morro
onde a vela era a parafina
para o vôo
esperança
amiga minha de infância
do seu raimundo soares
celestino pimentel
belém câmara
os campi da vida
esperança capitã
de capitão pereira
seu lopes
esperança minha infância adormecida
esperança crescida
esperança saboreada
nos bares de seu joaquim
a aurino cavalcanti
esperança de cabarés
de sônia a maria creuza
esperança
amiga minha de infância
esperança
sorrisos
poesias
e canções
de esperanças
Oreny Júnior
domingo, setembro 27, 2009
tem dias...
tem dias
que o belo
foge do poema
dá um tempo
ao poema
tem dias
que o poema
parece com seu autor
feio
tem dias
que...
musas
naturezas
abstratos
são
puras cafonices
tem dias
que clicar foda-se
é o melhor remédio
que
siga a bula
Oreny Júnior
que o belo
foge do poema
dá um tempo
ao poema
tem dias
que o poema
parece com seu autor
feio
tem dias
que...
musas
naturezas
abstratos
são
puras cafonices
tem dias
que clicar foda-se
é o melhor remédio
que
siga a bula
Oreny Júnior
sábado, setembro 26, 2009
isa...dor...a...
isa...
dor...
a...
odorisando
poemas
inflando
pipas
em
desejos
juvenis
isadora
minha
flor
meu
cais
salvaguardando
minha
província
meu cemitério
de poemas
isa...
dor...
a...
Oreny Júnior
dor...
a...
odorisando
poemas
inflando
pipas
em
desejos
juvenis
isadora
minha
flor
meu
cais
salvaguardando
minha
província
meu cemitério
de poemas
isa...
dor...
a...
Oreny Júnior
domingo, setembro 20, 2009
quarta-feira, setembro 16, 2009
poesia catingueira
poesia
catingueira
é jurema florida
umbuzeiro
marmeleiro
poesia
catingueira
é oiticica
assombrosa
poesia
catingueira
é caçuá
cheinho de manga
e chupar
em beira de lagoa doce
poesia
catingueira
é contar
causos
de renato caldas
as margens
do piranhas assu
poesia
catingueira
é se lambuzar
de chorisco
vindo
do meu caicó materno
poesia
catingueira
é um bocado
de coisas
dentre eles
o amor
catingueiro
Oreny Júnior
catingueira
é jurema florida
umbuzeiro
marmeleiro
poesia
catingueira
é oiticica
assombrosa
poesia
catingueira
é caçuá
cheinho de manga
e chupar
em beira de lagoa doce
poesia
catingueira
é contar
causos
de renato caldas
as margens
do piranhas assu
poesia
catingueira
é se lambuzar
de chorisco
vindo
do meu caicó materno
poesia
catingueira
é um bocado
de coisas
dentre eles
o amor
catingueiro
Oreny Júnior
segunda-feira, setembro 07, 2009
terça-feira, setembro 01, 2009
segunda-feira, agosto 31, 2009
butterfly
anuncia-se
setembro
palavra chave
primavera
agosto
se vai
com ele
daqui uns dias
inverno
que veio
lavando tudo
troncos
folhas
raízes
agora
a florada
anuncia
a poesia
colorida
a poesia
multi verde
in color
uma poesia
aborboletada
butterfly
Oreny Júnior
setembro
palavra chave
primavera
agosto
se vai
com ele
daqui uns dias
inverno
que veio
lavando tudo
troncos
folhas
raízes
agora
a florada
anuncia
a poesia
colorida
a poesia
multi verde
in color
uma poesia
aborboletada
butterfly
Oreny Júnior
quinta-feira, agosto 27, 2009
gruta
da sua gruta
corre um líquido
jorrante
onde inunda
pés
olhos
todo o meu eu
nesse
líquido
percorro
um poema
com esses
dedos
canhotos
Oreny Júnior
corre um líquido
jorrante
onde inunda
pés
olhos
todo o meu eu
nesse
líquido
percorro
um poema
com esses
dedos
canhotos
Oreny Júnior
terça-feira, agosto 25, 2009
gotas
gotas presas
são águas
represadas
gotas livres
são oceanos
descendo
sertão abaixo
molhando
meu pé de mamão
gotas
chorosas
desanuviando
esse coração
árido
gotas
moléculas
moleques
atravessando
numa só braçada
um continente
de marés
de mares
profundo
Oreny Júnior
são águas
represadas
gotas livres
são oceanos
descendo
sertão abaixo
molhando
meu pé de mamão
gotas
chorosas
desanuviando
esse coração
árido
gotas
moléculas
moleques
atravessando
numa só braçada
um continente
de marés
de mares
profundo
Oreny Júnior
segunda-feira, agosto 24, 2009
joão sertão
joão sertão
joão de um amor catingueiro
expressando na lapela
a flor de açucena
joão
de um cigarro brejeiro
de uma inocência única
seu joão
de um amor divino
respeitoso
na estrada
um caçuá
cheinho de lembranças
agrestes
mato grande
oeste
seridó
litoral até
seu joão
no bizaco
nambú
com farinha seca
e água de quartinha
joão rasgando veredas
juremas entrelaçadas
gado espinhoso
joão cansado
cara enrugada
bom dia seu joão
que deus seja louvado
agora e para sempre
amém
Oreny Júnior
joão de um amor catingueiro
expressando na lapela
a flor de açucena
joão
de um cigarro brejeiro
de uma inocência única
seu joão
de um amor divino
respeitoso
na estrada
um caçuá
cheinho de lembranças
agrestes
mato grande
oeste
seridó
litoral até
seu joão
no bizaco
nambú
com farinha seca
e água de quartinha
joão rasgando veredas
juremas entrelaçadas
gado espinhoso
joão cansado
cara enrugada
bom dia seu joão
que deus seja louvado
agora e para sempre
amém
Oreny Júnior
sábado, agosto 22, 2009
perdemo-nos
perdí-me
do seu caminho
não lembro mais
a estrada que nos encontramos
um dia
esquecí seu cheiro
seu perfume preferido
não lembro mais
perdí-me
do seu caminho
meu caminho
perdido
não sei mais
o volume
de saliva
que continha seus lábios
perdí-me
do seu caminho
meu ex-caminho
seu gosto
sua posição preferida
perdí-me
sem norte
sem sorte
perdí-me
perdomo-nos
não reconheço
mais seu vestido
quando vestias
sem calcinha
perdí-me
do seu rosto
quase infanto
amava
quando sacana
perdí-me
dos seus desejos
só poesias
em camas solitárias
perdí-me
de tú
menina
maga
quando certo dia
recitei
porque gostas de mim
puta magra
perdí-me
perdemo-nos
dia após dia
eles nos derrotam
nos massacram
nos fodem
a lua
não é mais branca
nem o sol
mais amarelo
nossos olhos
agora
estão
côncavos
convexos
perdemo-nos
garota
a estrada
e a distância
ganharam
não soubemos jogar
nos encontrar
somente
só
perdermo-nos
Oreny Júnior
do seu caminho
não lembro mais
a estrada que nos encontramos
um dia
esquecí seu cheiro
seu perfume preferido
não lembro mais
perdí-me
do seu caminho
meu caminho
perdido
não sei mais
o volume
de saliva
que continha seus lábios
perdí-me
do seu caminho
meu ex-caminho
seu gosto
sua posição preferida
perdí-me
sem norte
sem sorte
perdí-me
perdomo-nos
não reconheço
mais seu vestido
quando vestias
sem calcinha
perdí-me
do seu rosto
quase infanto
amava
quando sacana
perdí-me
dos seus desejos
só poesias
em camas solitárias
perdí-me
de tú
menina
maga
quando certo dia
recitei
porque gostas de mim
puta magra
perdí-me
perdemo-nos
dia após dia
eles nos derrotam
nos massacram
nos fodem
a lua
não é mais branca
nem o sol
mais amarelo
nossos olhos
agora
estão
côncavos
convexos
perdemo-nos
garota
a estrada
e a distância
ganharam
não soubemos jogar
nos encontrar
somente
só
perdermo-nos
Oreny Júnior
segunda-feira, agosto 17, 2009
paralelepípeda poesia
paralelepípeda
poesia
paralelas
pedras
de
engenharia
versos
on the road
traços
métricos
milimétricas
letras
pisadas
deixando
para
trás
rascunhos
da
saudade
Oreny Júnior
poesia
paralelas
pedras
de
engenharia
versos
on the road
traços
métricos
milimétricas
letras
pisadas
deixando
para
trás
rascunhos
da
saudade
Oreny Júnior
sábado, agosto 15, 2009
Jandaias, Perdizes
jandaias
perdizes
fizestes
desse
dia
o
melhor
dos
poemas
visuais
e
agora
transformo-os
em
grafia
essa
magia de letras
que
voam
e
adormecem
nas páginas
em
vogais
consoantes
letras
não traduzidas
jandaias
perdizes
Oreny Júnior
perdizes
fizestes
desse
dia
o
melhor
dos
poemas
visuais
e
agora
transformo-os
em
grafia
essa
magia de letras
que
voam
e
adormecem
nas páginas
em
vogais
consoantes
letras
não traduzidas
jandaias
perdizes
Oreny Júnior
domingo, agosto 09, 2009
meu pai
meu pai
peço licença pra falar contigo
sua benção
todos os dias que ficaste nessa vida
em nenhum deles
deixaste de nos proteger
a mim e a todos os meus irmãos
com o muito que desejaste ter
com o pouco que lhe foi concedido
mas o suficiente para o nosso acalanto
para saciar a nossa fome...
obrigado meu pai
por tudo
sou sincero
queria um pouco mais
a sua presença
o seu sorriso
seu jeito moleque
de encarar a vida
juro
que queria um pouco mais
mas...
a vontade não é nossa
mas
a do pai maior
não se esqueça
qualquer dia
nos veremos
um lembrete
o nosso ABC tá ruim das pernas
o FLUZÃO também
beijos
seu filho chorão
Oreny Júnior
peço licença pra falar contigo
sua benção
todos os dias que ficaste nessa vida
em nenhum deles
deixaste de nos proteger
a mim e a todos os meus irmãos
com o muito que desejaste ter
com o pouco que lhe foi concedido
mas o suficiente para o nosso acalanto
para saciar a nossa fome...
obrigado meu pai
por tudo
sou sincero
queria um pouco mais
a sua presença
o seu sorriso
seu jeito moleque
de encarar a vida
juro
que queria um pouco mais
mas...
a vontade não é nossa
mas
a do pai maior
não se esqueça
qualquer dia
nos veremos
um lembrete
o nosso ABC tá ruim das pernas
o FLUZÃO também
beijos
seu filho chorão
Oreny Júnior
quarta-feira, agosto 05, 2009
cara criatura
cara
criatura
caricatura
criador
rabisco
color
basquiat
poema
desenho
imaginário
muralhar
o esqueleto
falante
Oreny Júnior
criatura
caricatura
criador
rabisco
color
basquiat
poema
desenho
imaginário
muralhar
o esqueleto
falante
Oreny Júnior
sábado, agosto 01, 2009
Os Estatutos do Homem
Os Estatutos do Homem(Acto Institucional Permanente)
Artigo I Fica decretado que agora vale a verdade. Agora vale a vida e, de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira.
Artigo II Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
Artigo III Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança.
Artigo IV Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.Parágrafo único:O homem, confiará no homem como um menino confia em outro menino.
Artigo V Fica decretado que os homens estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio nem a armadura de palavras. O homem se sentará à mesa com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa.
Artigo VI Fica estabelecida, durante dez séculos, a prática sonhada pelo profeta Isaías, e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
Artigo VII Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo VIII Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.
Artigo IX Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.
Artigo X Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, uso do traje branco.
Artigo XI Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã.
Artigo XII Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela. Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor.
Artigo XIII Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou.
Artigo Final Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem.
Thiago de Mello, Santiago do Chile, Abril de 1964
Artigo I Fica decretado que agora vale a verdade. Agora vale a vida e, de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira.
Artigo II Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
Artigo III Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança.
Artigo IV Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.Parágrafo único:O homem, confiará no homem como um menino confia em outro menino.
Artigo V Fica decretado que os homens estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio nem a armadura de palavras. O homem se sentará à mesa com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa.
Artigo VI Fica estabelecida, durante dez séculos, a prática sonhada pelo profeta Isaías, e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
Artigo VII Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo VIII Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.
Artigo IX Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.
Artigo X Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, uso do traje branco.
Artigo XI Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã.
Artigo XII Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela. Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor.
Artigo XIII Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou.
Artigo Final Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem.
Thiago de Mello, Santiago do Chile, Abril de 1964
quinta-feira, julho 30, 2009
pastores da noite
desfilas
nua
nos meus sonhos
vestidas
de
perversão
valores
devassos
afogas
seus
desejos
nesse
mar
de
suores
de
dores
odores
pastores
da
noite
eu
e
tu
Oreny Júnior
nua
nos meus sonhos
vestidas
de
perversão
valores
devassos
afogas
seus
desejos
nesse
mar
de
suores
de
dores
odores
pastores
da
noite
eu
e
tu
Oreny Júnior
quinta-feira, julho 23, 2009
a minha cidade
a minha cidade
deixou de ser provinciana
a minha cidade
tem ares de modernidade
de um futurismo
além marinetti
a minha cidade
cheira a poesia
respira cultura
a minha cidade
tem um cafezinho
tem uma livraria
onde o charme
é apreciar
a fixação dos olhos
na beleza literária
apreciar quadros
com charges
de cascudo
beauvoir
borges
camões
até
nietzsche
a minha cidade
é natalina
para outras aves
que migram
para o descanso
a minha cidade
já não é a provinciana
dos cinemas rex e nordeste
a minha cidade
exporta roberta sá
expõe geraldo carvalho
cantando haroldo de campos
a minha cidade
é
a minha cidade
natal
num eterno
presépio
com piracemas
de cangulos
e xarias
voando
voando
voando...
Oreny Júnior
deixou de ser provinciana
a minha cidade
tem ares de modernidade
de um futurismo
além marinetti
a minha cidade
cheira a poesia
respira cultura
a minha cidade
tem um cafezinho
tem uma livraria
onde o charme
é apreciar
a fixação dos olhos
na beleza literária
apreciar quadros
com charges
de cascudo
beauvoir
borges
camões
até
nietzsche
a minha cidade
é natalina
para outras aves
que migram
para o descanso
a minha cidade
já não é a provinciana
dos cinemas rex e nordeste
a minha cidade
exporta roberta sá
expõe geraldo carvalho
cantando haroldo de campos
a minha cidade
é
a minha cidade
natal
num eterno
presépio
com piracemas
de cangulos
e xarias
voando
voando
voando...
Oreny Júnior
Natal noturna
Natal
vista
noturna
voo
em fotografia
é puro
diamante
um vapor
de sódio
reluzindo
sobre
as lentes
da beleza
da poesia
da saudade
saciada
é Natal
a minha rua
a minha esquina
o meu
click
ar
Oreny Júnior
vista
noturna
voo
em fotografia
é puro
diamante
um vapor
de sódio
reluzindo
sobre
as lentes
da beleza
da poesia
da saudade
saciada
é Natal
a minha rua
a minha esquina
o meu
click
ar
Oreny Júnior
domingo, julho 19, 2009
sexta-feira, julho 17, 2009
quintal de ontem
xerém
avevita
pão molhado
sobras de comida
alimentavam
as criações
no nosso quintal
o quintal de tempos atrás
hoje
o cimento
toma conta do passado
as aves voaram
os apreciadores foram embora
o dono também
o que restou
foi essa fotografia chorona
relatada
com o título
SAUDADE...
Oreny Júnior
avevita
pão molhado
sobras de comida
alimentavam
as criações
no nosso quintal
o quintal de tempos atrás
hoje
o cimento
toma conta do passado
as aves voaram
os apreciadores foram embora
o dono também
o que restou
foi essa fotografia chorona
relatada
com o título
SAUDADE...
Oreny Júnior
sexta-feira, julho 10, 2009
copa do mundo
na minha adolescência
saía da cidade da esperança
com os amigos
descia na praia do meio
no antigo hotel dos reis magos
e corria até do forte
para bater bola
eram jogos
que copa do mundo
não ganhava de nós
da nossa imaginação...
após a pelada
vinha correndo
até a praia dos artistas
e comia pão doce
com caldo de cana...
dali
partia para a praia de areia preta
onde ficava o terminal de ônibus
de volta a cidade da esperança
resultado dos jogos?
até hoje não sei
ou melhor
sei
todos os dois times ganharam
ganharam
em sonhos
na eterna imaginação
de como era bom
ser a criança
que fomos
que somos
ao narrar
tal jogo...
Oreny Júnior
saía da cidade da esperança
com os amigos
descia na praia do meio
no antigo hotel dos reis magos
e corria até do forte
para bater bola
eram jogos
que copa do mundo
não ganhava de nós
da nossa imaginação...
após a pelada
vinha correndo
até a praia dos artistas
e comia pão doce
com caldo de cana...
dali
partia para a praia de areia preta
onde ficava o terminal de ônibus
de volta a cidade da esperança
resultado dos jogos?
até hoje não sei
ou melhor
sei
todos os dois times ganharam
ganharam
em sonhos
na eterna imaginação
de como era bom
ser a criança
que fomos
que somos
ao narrar
tal jogo...
Oreny Júnior
quarta-feira, julho 08, 2009
domingo, julho 05, 2009
desejo
o movimento
da
língua
é
um
mergulho
no
mar
líquido
de
seus
lábios
desejosos
que
pare
sem
cessar
vontades
de
seu macho
mais
que
distante...
Oreny Júnior
da
língua
é
um
mergulho
no
mar
líquido
de
seus
lábios
desejosos
que
pare
sem
cessar
vontades
de
seu macho
mais
que
distante...
Oreny Júnior
sob(re) (a) mesa
sobre a mesa
objetos
sem alma
lap top
relendo
o que já foi dito
há tempos atrás
celular
mudo
sem sua voz
sob a mesa
pés
que balançam
na ansiedade
do tempo
esse
senhor tempo
ditador
dita
a
dor
a minha frente
uma espera
da próxima chamada
olho a hora
12:08 h.
próximo
de
mais um
almoço
sem
gosto
sem
sal
sem
ti...
Oreny Júnior
objetos
sem alma
lap top
relendo
o que já foi dito
há tempos atrás
celular
mudo
sem sua voz
sob a mesa
pés
que balançam
na ansiedade
do tempo
esse
senhor tempo
ditador
dita
a
dor
a minha frente
uma espera
da próxima chamada
olho a hora
12:08 h.
próximo
de
mais um
almoço
sem
gosto
sem
sal
sem
ti...
Oreny Júnior
sábado, julho 04, 2009
sons de cemitério
a estátua
mija
sons
de
chuva
o silêncio
não
mente
o
seu
som
dói
nos
decibéis
da
alma
que
silencia
em pousadas
tipo
sons
de
cemitério...
Oreny Júnior
mija
sons
de
chuva
o silêncio
não
mente
o
seu
som
dói
nos
decibéis
da
alma
que
silencia
em pousadas
tipo
sons
de
cemitério...
Oreny Júnior
terça-feira, junho 23, 2009
aos meus...
nas barras
da saia
da minha mãe
barra
da
espingarda
esse
caicó
arcaico...
agarrado
nos culhões
do meu pai
pulando
o muro
da base
naval
para
arrumar
comer
pra
sua mãe
seu pai
e
seus irmãos...
natal
ficou imensa
sem
o
meu pai
corro
os
olhos
na rua são joão
em lagoa seca
e não o encontro
sequer
na
cidade da esperança
onde esperou
sua felicidade
morreu
como rimbaud
pedindo
perdão...
Oreny Júnior
da saia
da minha mãe
barra
da
espingarda
esse
caicó
arcaico...
agarrado
nos culhões
do meu pai
pulando
o muro
da base
naval
para
arrumar
comer
pra
sua mãe
seu pai
e
seus irmãos...
natal
ficou imensa
sem
o
meu pai
corro
os
olhos
na rua são joão
em lagoa seca
e não o encontro
sequer
na
cidade da esperança
onde esperou
sua felicidade
morreu
como rimbaud
pedindo
perdão...
Oreny Júnior
sexta-feira, junho 19, 2009
noite de são joão
olha pro céu
meu amor
veja como ele tá lindo...
eu olho pro céu
e não vejo meu amor...
ela voou
em algum balão
em noite de são joão...
acendí a fogueira
e nada do meu amor...
puxei o fole
da asa branca
e ela não escutou...
tristeza de poeta
é estar longe do seu aconchego...
santo antonio
são joão
são pedro
céu estrelado
licor de jenipapo
amendoim cozido
um for all
de terras batidas
em castelos de taipas
matando a saudade
da noite que passou
a fogueira tá queimando
em homenagem a são joão...
Oreny Júnior
meu amor
veja como ele tá lindo...
eu olho pro céu
e não vejo meu amor...
ela voou
em algum balão
em noite de são joão...
acendí a fogueira
e nada do meu amor...
puxei o fole
da asa branca
e ela não escutou...
tristeza de poeta
é estar longe do seu aconchego...
santo antonio
são joão
são pedro
céu estrelado
licor de jenipapo
amendoim cozido
um for all
de terras batidas
em castelos de taipas
matando a saudade
da noite que passou
a fogueira tá queimando
em homenagem a são joão...
Oreny Júnior
domingo, junho 14, 2009
budegas de antigamente
as budegas de antigamente
vendiam de tudo...
querosene na garrafa de coca cola
manteiga em papel tipo vegetal
café em papel de pão
pinico dependurado
de tudo se vendia
nas budegas de antigamente
balança digital nem pensar
eram as de dois pratos
e a de ponteiro
filizola
as budegas de antigamente
era tudo no caderno
fiado...
papai pagava uma conta
e fazia outra...
as budegas de antigamente
não tinham cartão
nem cheque
o que valia
era a palavra...
perto da minha casa
tinham as budegas
de seu cocó
seu joel
djalma
e seu lopes
lá na feira...
era lá que eu ia comprar
leite ilnasa
para dona lila...
hoje
só mercadinhos
e shopings center...
tenho saudade
das budegas de antigamente
budegas de chãos encerados
piso vermelho queimado
brilhava mais
que catarro em parede...
as budegas de antigamente
tinham mais variedade
vendiam até poesia...
Oreny Júnior
vendiam de tudo...
querosene na garrafa de coca cola
manteiga em papel tipo vegetal
café em papel de pão
pinico dependurado
de tudo se vendia
nas budegas de antigamente
balança digital nem pensar
eram as de dois pratos
e a de ponteiro
filizola
as budegas de antigamente
era tudo no caderno
fiado...
papai pagava uma conta
e fazia outra...
as budegas de antigamente
não tinham cartão
nem cheque
o que valia
era a palavra...
perto da minha casa
tinham as budegas
de seu cocó
seu joel
djalma
e seu lopes
lá na feira...
era lá que eu ia comprar
leite ilnasa
para dona lila...
hoje
só mercadinhos
e shopings center...
tenho saudade
das budegas de antigamente
budegas de chãos encerados
piso vermelho queimado
brilhava mais
que catarro em parede...
as budegas de antigamente
tinham mais variedade
vendiam até poesia...
Oreny Júnior
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