nas barras
da saia
da minha mãe
barra
da
espingarda
esse
caicó
arcaico...
agarrado
nos culhões
do meu pai
pulando
o muro
da base
naval
para
arrumar
comer
pra
sua mãe
seu pai
e
seus irmãos...
natal
ficou imensa
sem
o
meu pai
corro
os
olhos
na rua são joão
em lagoa seca
e não o encontro
sequer
na
cidade da esperança
onde esperou
sua felicidade
morreu
como rimbaud
pedindo
perdão...
Oreny Júnior
terça-feira, junho 23, 2009
sexta-feira, junho 19, 2009
noite de são joão
olha pro céu
meu amor
veja como ele tá lindo...
eu olho pro céu
e não vejo meu amor...
ela voou
em algum balão
em noite de são joão...
acendí a fogueira
e nada do meu amor...
puxei o fole
da asa branca
e ela não escutou...
tristeza de poeta
é estar longe do seu aconchego...
santo antonio
são joão
são pedro
céu estrelado
licor de jenipapo
amendoim cozido
um for all
de terras batidas
em castelos de taipas
matando a saudade
da noite que passou
a fogueira tá queimando
em homenagem a são joão...
Oreny Júnior
meu amor
veja como ele tá lindo...
eu olho pro céu
e não vejo meu amor...
ela voou
em algum balão
em noite de são joão...
acendí a fogueira
e nada do meu amor...
puxei o fole
da asa branca
e ela não escutou...
tristeza de poeta
é estar longe do seu aconchego...
santo antonio
são joão
são pedro
céu estrelado
licor de jenipapo
amendoim cozido
um for all
de terras batidas
em castelos de taipas
matando a saudade
da noite que passou
a fogueira tá queimando
em homenagem a são joão...
Oreny Júnior
domingo, junho 14, 2009
budegas de antigamente
as budegas de antigamente
vendiam de tudo...
querosene na garrafa de coca cola
manteiga em papel tipo vegetal
café em papel de pão
pinico dependurado
de tudo se vendia
nas budegas de antigamente
balança digital nem pensar
eram as de dois pratos
e a de ponteiro
filizola
as budegas de antigamente
era tudo no caderno
fiado...
papai pagava uma conta
e fazia outra...
as budegas de antigamente
não tinham cartão
nem cheque
o que valia
era a palavra...
perto da minha casa
tinham as budegas
de seu cocó
seu joel
djalma
e seu lopes
lá na feira...
era lá que eu ia comprar
leite ilnasa
para dona lila...
hoje
só mercadinhos
e shopings center...
tenho saudade
das budegas de antigamente
budegas de chãos encerados
piso vermelho queimado
brilhava mais
que catarro em parede...
as budegas de antigamente
tinham mais variedade
vendiam até poesia...
Oreny Júnior
vendiam de tudo...
querosene na garrafa de coca cola
manteiga em papel tipo vegetal
café em papel de pão
pinico dependurado
de tudo se vendia
nas budegas de antigamente
balança digital nem pensar
eram as de dois pratos
e a de ponteiro
filizola
as budegas de antigamente
era tudo no caderno
fiado...
papai pagava uma conta
e fazia outra...
as budegas de antigamente
não tinham cartão
nem cheque
o que valia
era a palavra...
perto da minha casa
tinham as budegas
de seu cocó
seu joel
djalma
e seu lopes
lá na feira...
era lá que eu ia comprar
leite ilnasa
para dona lila...
hoje
só mercadinhos
e shopings center...
tenho saudade
das budegas de antigamente
budegas de chãos encerados
piso vermelho queimado
brilhava mais
que catarro em parede...
as budegas de antigamente
tinham mais variedade
vendiam até poesia...
Oreny Júnior
sexta-feira, junho 12, 2009
namorada
à minha namorada
versos...
tão próximos
distantes até...
as flores
deixei plantadas
no oitão
do nosso barraco...
à minha namorada
beijo
na saudade
colhida em cada noite
que somos sós...
os ventos
nos aproximam
deixando para trás
palmos de estradas...
à minha felina
afagos...
poesia...
Oreny Júnior
versos...
tão próximos
distantes até...
as flores
deixei plantadas
no oitão
do nosso barraco...
à minha namorada
beijo
na saudade
colhida em cada noite
que somos sós...
os ventos
nos aproximam
deixando para trás
palmos de estradas...
à minha felina
afagos...
poesia...
Oreny Júnior
segunda-feira, junho 08, 2009
bolhas de sabão
brincar com
palavras
como se fossem
bolhas de sabão...
cabem as crianças
que brincam
assoletram
conjugam
e as colocam
em seu
verdadeiro tempo...
o meu tempo
cabe-me
a dispersão
diríamos
de um sonho
em bolhas estouradas
Oreny Júnior
palavras
como se fossem
bolhas de sabão...
cabem as crianças
que brincam
assoletram
conjugam
e as colocam
em seu
verdadeiro tempo...
o meu tempo
cabe-me
a dispersão
diríamos
de um sonho
em bolhas estouradas
Oreny Júnior
domingo, junho 07, 2009
releitura após ontem
cacarecos
mulambos
troços
sobejos
trapos
restos
após
seu
uso
cinzas
num
olhar
mais
que
breve
uma
alma
que
sorri
remos
nessa
água
bela
Oreny Júnior
mulambos
troços
sobejos
trapos
restos
após
seu
uso
cinzas
num
olhar
mais
que
breve
uma
alma
que
sorri
remos
nessa
água
bela
Oreny Júnior
sábado, junho 06, 2009
facho de luz
procuro
um
facho
de
luz
pois
roubaram
o
beijo
da
inocência
roubaram
o
beijo
da
fé
no beijo
continha
gotas
de
sorrisos
e
amizades...
Oreny Júnior
um
facho
de
luz
pois
roubaram
o
beijo
da
inocência
roubaram
o
beijo
da
fé
no beijo
continha
gotas
de
sorrisos
e
amizades...
Oreny Júnior
sexta-feira, junho 05, 2009
antropofagia
abaporú
tupi
or
not
tupi
tarsiwald
tarsila
amora
amorável
d'amaral
drummond
andrade
minas
itabira
bira
mira
alvo
transparente
branco
blanco
octávio
paz
a espécie
poética
que
lavra
e
ara
a
palavra
ao
encontro
da
alma
literária
de
si
mesmo
de
todos
nós
antropofagia
arrote
o
egoísmo
inumano
Oreny Júnior
(ao movimento antropofágico brasileiro)
tupi
or
not
tupi
tarsiwald
tarsila
amora
amorável
d'amaral
drummond
andrade
minas
itabira
bira
mira
alvo
transparente
branco
blanco
octávio
paz
a espécie
poética
que
lavra
e
ara
a
palavra
ao
encontro
da
alma
literária
de
si
mesmo
de
todos
nós
antropofagia
arrote
o
egoísmo
inumano
Oreny Júnior
(ao movimento antropofágico brasileiro)
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