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G
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Oreny Júnior
quinta-feira, abril 30, 2009
segunda-feira, abril 27, 2009
Elogio ao aprendizado
Aprenda o mais simples!
Para aqueles cuja hora chegou
Nunca é tarde demais!
Aprenda o ABC; não basta, mas
Aprenda!
Não desanime!
Comece!
É preciso saber tudo!
Você tem que assumir o comando!Aprenda, homem no asilo!
Aprenda, homem na prisão!
Aprenda, mulher na cozinha!
Aprenda, ancião!
Você tem que assumir o comando!
Frequente a escola, você que não tem casa!
Adquira conhecimento, você que sente frio!
Você que tem fome, agarre o livro: é uma arma.
Você tem que assumir o comando.
Não se envergonhe de perguntar, camarada!Não se deixei convencer
Veja com seus olhos!
O que não sabe por conta própria
Não sabe.
Verifique a conta
É você que vai pagar.
Ponha o dedo sobre cada item
Pergunte:
O que é isso?
Você tem que assumir o comando.
Bertolt Brecht, Poemas 1913-1956 (Ed. 34, pg. 114)
Para aqueles cuja hora chegou
Nunca é tarde demais!
Aprenda o ABC; não basta, mas
Aprenda!
Não desanime!
Comece!
É preciso saber tudo!
Você tem que assumir o comando!Aprenda, homem no asilo!
Aprenda, homem na prisão!
Aprenda, mulher na cozinha!
Aprenda, ancião!
Você tem que assumir o comando!
Frequente a escola, você que não tem casa!
Adquira conhecimento, você que sente frio!
Você que tem fome, agarre o livro: é uma arma.
Você tem que assumir o comando.
Não se envergonhe de perguntar, camarada!Não se deixei convencer
Veja com seus olhos!
O que não sabe por conta própria
Não sabe.
Verifique a conta
É você que vai pagar.
Ponha o dedo sobre cada item
Pergunte:
O que é isso?
Você tem que assumir o comando.
Bertolt Brecht, Poemas 1913-1956 (Ed. 34, pg. 114)
sábado, abril 25, 2009
maria maria
maria
maria
dona de
um exército
espartanos
em castelos
seridós
espartilho
trocadilho
grão de
milho
cada letra
de poema
em roçado
caicó
maria²
mulher
macho
onde segura
cacho
por
cacho
os instintos
e
a valentia
da
maria
bonita
despojada
em
cama
de
sisal
dos
quintais
catingueiros
Oreny Júnior
maria
dona de
um exército
espartanos
em castelos
seridós
espartilho
trocadilho
grão de
milho
cada letra
de poema
em roçado
caicó
maria²
mulher
macho
onde segura
cacho
por
cacho
os instintos
e
a valentia
da
maria
bonita
despojada
em
cama
de
sisal
dos
quintais
catingueiros
Oreny Júnior
terça-feira, abril 21, 2009
antes de nós dois
antes
de nós dois
nós dois
em construção
procurando
o caminho
dos gametas
das nossas almas
da nossa gente
antes
de nós dois
um dois
sendo um
antes
de nós dois
um número
divisível
por
dois
um
Oreny Júnior
de nós dois
nós dois
em construção
procurando
o caminho
dos gametas
das nossas almas
da nossa gente
antes
de nós dois
um dois
sendo um
antes
de nós dois
um número
divisível
por
dois
um
Oreny Júnior
domingo, abril 19, 2009
outono choroso
no caminho
flores
brancas
pisadas
pelos
movimentos
de
carros
e
gentes
flores
brancas
despercebidas
em
outono
chuvoso
choroso
Oreny Júnior
flores
brancas
pisadas
pelos
movimentos
de
carros
e
gentes
flores
brancas
despercebidas
em
outono
chuvoso
choroso
Oreny Júnior
saudades...
a estrada do momento
chama-se saudade
os dormentes choram
na podridão da madeira...
o asfalto derrete
no calor da tristeza...
contemplo as matas
as palmeiras em frutos
de dendê
degustando
os pratos
a sós
sozinho
sem ti
sem mim
sem
o eu
alegre
um alegre
de menino corriqueiro
um alegre
em gargalhada de criança
no esconde esconde
dos nossos dias
Oreny Júnior
chama-se saudade
os dormentes choram
na podridão da madeira...
o asfalto derrete
no calor da tristeza...
contemplo as matas
as palmeiras em frutos
de dendê
degustando
os pratos
a sós
sozinho
sem ti
sem mim
sem
o eu
alegre
um alegre
de menino corriqueiro
um alegre
em gargalhada de criança
no esconde esconde
dos nossos dias
Oreny Júnior
sexta-feira, abril 17, 2009
sonhos
quando criança
carregava um balaio
de sonhos
vividos
em campos cabugí
pascoal de lima
campo do américa
ali
no bairro nazaré
sítio do soldado
sítio da viúva machado
para catar mangas
sonhos
em din din's
em cocadas
e confeitos
no sossego da mamãe
hoje
depois dele grande
tento entregar
sonho por sonho
aos seus donos
e não consigo
carrego
comigo
esse balaio
de poesia
teimosia
transformada
em saudades...
Oreny Júnior
carregava um balaio
de sonhos
vividos
em campos cabugí
pascoal de lima
campo do américa
ali
no bairro nazaré
sítio do soldado
sítio da viúva machado
para catar mangas
sonhos
em din din's
em cocadas
e confeitos
no sossego da mamãe
hoje
depois dele grande
tento entregar
sonho por sonho
aos seus donos
e não consigo
carrego
comigo
esse balaio
de poesia
teimosia
transformada
em saudades...
Oreny Júnior
sábado, abril 11, 2009
sexta-feira, abril 10, 2009
Pinga da boa
às 12 horas
o prazer
rodeou
a poesia
com
a seguinte
receita
uma
dose
de
samanaú
do
seridó
com
uma porção
de
bacalhau
daqui
mesmo
das
águas
atlânticas
Oreny Júnior
o prazer
rodeou
a poesia
com
a seguinte
receita
uma
dose
de
samanaú
do
seridó
com
uma porção
de
bacalhau
daqui
mesmo
das
águas
atlânticas
Oreny Júnior
Tambores da macumba
quando criança
rasgava as veredas
da cidade
com o meu pai
que em posse
da faca
peixeira de doze polegadas
rasgava
no rumo dos tambores da macumba
lá
no terreiro do velho fonseca e dona lindalva
os tambores soavam
no tom da macumba
pipoca
cachaça
confeitos
algumas das oferendas aos santos
negros
da crendice afro brasil
em volta de círculos de pólvora
o fogo comia
protegendo dos maus olhados
serviços
despachos nas encruzilhadas
em noites estreladas e enluaradas
são lembranças
de um pouco da minha idade púbea
rasgava as veredas no rumo do norte
as companhias muitas vezes
as luzes dos vagalumes
ficava ali
pertinho do hoje machadão
saía
cidade da esperança
via
então estrada carroçável
capitão mor gouveia
hoje
sou produto da saudade
dispersada
no choro da lembrança
do meu velho pai
pai...
sua benção...
até outros toques
Oreny Júnior
rasgava as veredas
da cidade
com o meu pai
que em posse
da faca
peixeira de doze polegadas
rasgava
no rumo dos tambores da macumba
lá
no terreiro do velho fonseca e dona lindalva
os tambores soavam
no tom da macumba
pipoca
cachaça
confeitos
algumas das oferendas aos santos
negros
da crendice afro brasil
em volta de círculos de pólvora
o fogo comia
protegendo dos maus olhados
serviços
despachos nas encruzilhadas
em noites estreladas e enluaradas
são lembranças
de um pouco da minha idade púbea
rasgava as veredas no rumo do norte
as companhias muitas vezes
as luzes dos vagalumes
ficava ali
pertinho do hoje machadão
saía
cidade da esperança
via
então estrada carroçável
capitão mor gouveia
hoje
sou produto da saudade
dispersada
no choro da lembrança
do meu velho pai
pai...
sua benção...
até outros toques
Oreny Júnior
sábado, abril 04, 2009
Maresia
maré
mar
é
o mar
é
mergulho
das
falésias
ma
re
sias
ma
gias
águas
doces
mar
é
imensidão
como
a
gargalhada
da
feliz
poesia
ma
re
sia...
Oreny Júnior
mar
é
o mar
é
mergulho
das
falésias
ma
re
sias
ma
gias
águas
doces
mar
é
imensidão
como
a
gargalhada
da
feliz
poesia
ma
re
sia...
Oreny Júnior
quinta-feira, abril 02, 2009
Um pouco de mim
um pouco de mim
é esconder-me
nesse silêncio
nessa chatice
nesse reservado
um pouco de mim
é um
não querer
falar
não querer
ouvir
não querer
ser
um pouco de mim
é uma
in
disciplina
um pouco de mim
é a subtração
do pouco que sou
de um
quase nada
sendo...
Oreny Júnior
é esconder-me
nesse silêncio
nessa chatice
nesse reservado
um pouco de mim
é um
não querer
falar
não querer
ouvir
não querer
ser
um pouco de mim
é uma
in
disciplina
um pouco de mim
é a subtração
do pouco que sou
de um
quase nada
sendo...
Oreny Júnior
quarta-feira, abril 01, 2009
Brejo
um brejo
in lama
um córrego
em filete
singrando
rios
do meio
e do norte
um brejo
in lágrimas
oceanos
de anos
e anos
assim...
digamos
saudade...
Oreny Júnior
in lama
um córrego
em filete
singrando
rios
do meio
e do norte
um brejo
in lágrimas
oceanos
de anos
e anos
assim...
digamos
saudade...
Oreny Júnior
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