duas da madrugada
pouso na minha terra
como o caboré
pousa em sua árvore
a cidade dorme
chuvosa
como o orvalho da saudade
matada...
Oreny Júnior
sábado, julho 31, 2010
terça-feira, julho 27, 2010
ausência
seu silêncio
foi o maior dos encontros
sua palavra
a maior das poesias
seu respiro
o maior dos cansaços
e o seu adeus
o maior dos meus voos
Oreny Júnior
foi o maior dos encontros
sua palavra
a maior das poesias
seu respiro
o maior dos cansaços
e o seu adeus
o maior dos meus voos
Oreny Júnior
domingo, julho 25, 2010
vermos
ver-me
verme
esse sujeito
que roga
misericórdia
ver-me
verbo
que não conjugo
ver-me
verso
disperso
poesia a fora
ver-me
por não ter-me
sido
seu
ver-me
vermos
o voo do pássaro
Oreny Júnior
verme
esse sujeito
que roga
misericórdia
ver-me
verbo
que não conjugo
ver-me
verso
disperso
poesia a fora
ver-me
por não ter-me
sido
seu
ver-me
vermos
o voo do pássaro
Oreny Júnior
sexta-feira, julho 23, 2010
usina
flor
é
beijo
pólen
beija flor
seus lábios
é usina
um brejo
de melaço
situado
na região
da saudade
Oreny Júnior
é
beijo
pólen
beija flor
seus lábios
é usina
um brejo
de melaço
situado
na região
da saudade
Oreny Júnior
terça-feira, julho 20, 2010
sussurro
o seu sexo
é o meu séquiço
um fonema
sussurrando
em meus pelos
uma eclosão
de sons parindo
Oreny Júnior
é o meu séquiço
um fonema
sussurrando
em meus pelos
uma eclosão
de sons parindo
Oreny Júnior
domingo, julho 18, 2010
eu só quero é poesia
eu só quero é poesia
rastros descalços
descompromissados
pelas estradas a fora
eu só quero é poesia
embebedar-me nos porres da poesia
gritar em cada esquina
liberdade já pela poesia
viva bandeira
viva drummond
viva torquato
viva vinícius
viva
viva a poesia
eu só quero é poesia
fazer poesia
em retratos 3 x 4
eu só quero é poesia
viva oswald
viva mário
poesiar com thiago
poesiar com manoel
poesiar com quintana
viva a poesia
a minha dor descarrego na poesia
estóica de todas as horas
viva a poesia
eu só quero é poesia
Oreny Júnior
rastros descalços
descompromissados
pelas estradas a fora
eu só quero é poesia
embebedar-me nos porres da poesia
gritar em cada esquina
liberdade já pela poesia
viva bandeira
viva drummond
viva torquato
viva vinícius
viva
viva a poesia
eu só quero é poesia
fazer poesia
em retratos 3 x 4
eu só quero é poesia
viva oswald
viva mário
poesiar com thiago
poesiar com manoel
poesiar com quintana
viva a poesia
a minha dor descarrego na poesia
estóica de todas as horas
viva a poesia
eu só quero é poesia
Oreny Júnior
sexta-feira, julho 16, 2010
tecelão do tempo
teça
o "a"
depois de algum tempo
teça
o "b"
depois
bem depois de algumas madrugadas
teça
o "c"
verás
de acordo com a sua persistência
e amizade com a vida
terás tecido um belo poema
é assim
com o bicho da seda
é assim
com a aranha
é assim
com o joão de barro
é assim
com Deus
tecelão do tempo
Oreny Júnior
o "a"
depois de algum tempo
teça
o "b"
depois
bem depois de algumas madrugadas
teça
o "c"
verás
de acordo com a sua persistência
e amizade com a vida
terás tecido um belo poema
é assim
com o bicho da seda
é assim
com a aranha
é assim
com o joão de barro
é assim
com Deus
tecelão do tempo
Oreny Júnior
frio
os trens descarrilam
no desencontro
da poesia
a espera é em vão
os vãos estão sós
só frio e silêncio
nas estações
chuvosas
frio
desagasalho
Oreny Júnior
no desencontro
da poesia
a espera é em vão
os vãos estão sós
só frio e silêncio
nas estações
chuvosas
frio
desagasalho
Oreny Júnior
quinta-feira, julho 15, 2010
cai cai tanajura
cai cai tanajura
que é tempo de gordura
a saudade deixa rastros
folheados em poesia
cai cai tanajura
Oreny Júnior
que é tempo de gordura
a saudade deixa rastros
folheados em poesia
cai cai tanajura
Oreny Júnior
quarta-feira, julho 14, 2010
amores, etc e tal...
meu pai tinha o coração crescido
devia ser para guardar
os amores das mulheres
que amou em vida
Oreny Júnior
devia ser para guardar
os amores das mulheres
que amou em vida
Oreny Júnior
terça-feira, julho 13, 2010
in memorian, paulo moura
a paulo moura(in memorian)
silêncio
a poesia é só silêncio
os palcos silenciam
paulo moura se encanta
os clarinetes silenciam
silêncio
em respeito ao homem de chapéu
silêncio
Oreny Júnior
silêncio
a poesia é só silêncio
os palcos silenciam
paulo moura se encanta
os clarinetes silenciam
silêncio
em respeito ao homem de chapéu
silêncio
Oreny Júnior
segunda-feira, julho 12, 2010
canto da graúna
hoje
fui
saudado
pelo
canto
da
graúna
na
doce
melodia
do
açoite
viví
os
tempos
de
outrora
Oreny Júnior
fui
saudado
pelo
canto
da
graúna
na
doce
melodia
do
açoite
viví
os
tempos
de
outrora
Oreny Júnior
domingo, julho 11, 2010
abraços do seu namorado
maga véia
estou te devendo
dezenas de xícaras
de cafés expresso
na siciliano
aquele bate papo
onde nossa alma
viaja nos esconderijos
da poesia
do nosso romanceado olhar
da poesia
(abraços do seu namorado)
Oreny Júnior
estou te devendo
dezenas de xícaras
de cafés expresso
na siciliano
aquele bate papo
onde nossa alma
viaja nos esconderijos
da poesia
do nosso romanceado olhar
da poesia
(abraços do seu namorado)
Oreny Júnior
quarta-feira, julho 07, 2010
poesia é...
poesia
é julião
poesia
é tarcísio
poesia
é deífilo
poesia
é zila
poesia
é nina
poesia
é waly salomão
poesia
é cascudo
poesia
é feijão com arroz
poesia
são os sorrisos dos nossos filhos
poesia
é ver a caatinga ficar verdinha
ver a corrida do tijuaçú
ver o voo do nambú
poesia
é ver o pouso da minha chegada
no augusto severo
poesia
é chorar nos braços da minha amada
e cantar...tô com saudade de tú meu desejo...
poesia
é ver os açudes sangrando
fico feliz quando ouço
no sertão choveu em média 100 mm
poesia
é cuscuz com ovo e um copo de café
poesia
é um prato fundo cheinho de esperança
poesia
poesia é...
Oreny Júnior
é julião
poesia
é tarcísio
poesia
é deífilo
poesia
é zila
poesia
é nina
poesia
é waly salomão
poesia
é cascudo
poesia
é feijão com arroz
poesia
são os sorrisos dos nossos filhos
poesia
é ver a caatinga ficar verdinha
ver a corrida do tijuaçú
ver o voo do nambú
poesia
é ver o pouso da minha chegada
no augusto severo
poesia
é chorar nos braços da minha amada
e cantar...tô com saudade de tú meu desejo...
poesia
é ver os açudes sangrando
fico feliz quando ouço
no sertão choveu em média 100 mm
poesia
é cuscuz com ovo e um copo de café
poesia
é um prato fundo cheinho de esperança
poesia
poesia é...
Oreny Júnior
terça-feira, julho 06, 2010
flor
a iury
nem toda flor é flor
nem todo riso é riso
toda dor é dor
sinto-a contigo
amigo desde o ventre
agora você é flor
e desabrocha a todo instante
nesse velho coração florido
não chores a morte
que já nasceu morta
seu sorriso é largo
como sinceridade de sertanejo
minha flor de cactus
meu jardim em brotos
meu amor
dono dessa canção
Oreny Júnior
nem toda flor é flor
nem todo riso é riso
toda dor é dor
sinto-a contigo
amigo desde o ventre
agora você é flor
e desabrocha a todo instante
nesse velho coração florido
não chores a morte
que já nasceu morta
seu sorriso é largo
como sinceridade de sertanejo
minha flor de cactus
meu jardim em brotos
meu amor
dono dessa canção
Oreny Júnior
domingo, julho 04, 2010
e a cidade se vai
e a cidade se esvai
e a cidade se vai
do vazio ao nada
no encantamento da poesia
de roberto piva
da marginalidade paulistana
e a cidade se vai
se esvai
do vazio ao oco
oco
eco
sem som
cinzas
e a cidade se vai
se esvai
no envaidecimento
de um pobre rei
silêncio
a cidade se foi
Oreny Júnior
e a cidade se vai
do vazio ao nada
no encantamento da poesia
de roberto piva
da marginalidade paulistana
e a cidade se vai
se esvai
do vazio ao oco
oco
eco
sem som
cinzas
e a cidade se vai
se esvai
no envaidecimento
de um pobre rei
silêncio
a cidade se foi
Oreny Júnior
sábado, julho 03, 2010
armarinho de poemas
uma lã tecida
um tecido que dorme
em cada frio
um fio de algodão
lembro de um reino rico
no meu estado seridó
os campos eram brancos
como a alma dos pastores
fio que me enlaço
laço que me prende
a essa mulher rendeira
lápis
bilros
agulhas
armarinho de poemas
Oreny Júnior
um tecido que dorme
em cada frio
um fio de algodão
lembro de um reino rico
no meu estado seridó
os campos eram brancos
como a alma dos pastores
fio que me enlaço
laço que me prende
a essa mulher rendeira
lápis
bilros
agulhas
armarinho de poemas
Oreny Júnior
sexta-feira, julho 02, 2010
santana chegou
chegou santana
desfila santana nas ruas
dos caicós, dos currais novos
chegou santana
vovó de jesus
dá banho em santana
mergulha santana no itans
no gargalheiras
chegou santana
prepara a carne de sol
com macaxeira pra santana
santana chegou
faz um quebranto de jurema braba
e benze santana
mamãe
prepara o chorisco
que santana chegou
deus seja louvado
santana chegou
sua benção mãe
zefa de santana
Oreny Júnior
desfila santana nas ruas
dos caicós, dos currais novos
chegou santana
vovó de jesus
dá banho em santana
mergulha santana no itans
no gargalheiras
chegou santana
prepara a carne de sol
com macaxeira pra santana
santana chegou
faz um quebranto de jurema braba
e benze santana
mamãe
prepara o chorisco
que santana chegou
deus seja louvado
santana chegou
sua benção mãe
zefa de santana
Oreny Júnior
caça a tua lenha
caça a tua lenha
e acende tua fogueira
assa tua espiga
em fogo quente
forno forno
caça a tua lenha
bebe meu vinho
caça a tua lenha
mata seca
belas toras
caça tua lenha
bebe teu mingau
caça tua lenha
fins de tarde
início da noite
finda a noite
boceja a manhã
caça a tua lenha
Oreny Júnior
e acende tua fogueira
assa tua espiga
em fogo quente
forno forno
caça a tua lenha
bebe meu vinho
caça a tua lenha
mata seca
belas toras
caça tua lenha
bebe teu mingau
caça tua lenha
fins de tarde
início da noite
finda a noite
boceja a manhã
caça a tua lenha
Oreny Júnior
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