sexta-feira, junho 18, 2010

as palavras se invernam

as palavras se invernam
no frio da cama
o verbo se acasala
nos edredons
de ventos frios
em rios de sangue
as palavras se esquecem
e nós nos esquecemos do tempo
do rio que nos leva
além estações
as palavras se aninham
e na anilha
a marca do teu beijo
do teu nome
o ouro é amarelo
como o sol vindouro
derretendo a neve
dos nossos olhos
aquecendo nossa alma
no agasalho da nossa carne
da nossa pele

Oreny Júnior

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