quarta-feira, junho 04, 2014

vida revivida dividida destemida vida

E como não fui não sendo sendo desde já fui sou assim meio ou quase tudo sendo e tendo a predisposição como arma quando se luta quando se avança sem recuar jamais sou sou-me lúcido louco destemido bravo conhecedor sendo desconhecedor de qualquer e único contexto que me alicia nos baldes dos mares que me navegam sendo homem menino criança bebê fui bebê menino homem sendo tendo os currais como metrópoles o meu quarto o meu eu lúdico sem reinvenção de um nada qualquer onde os voos persistem-me e voo quando as birutas ensinam os invertidos sentidos dos ventos cavalos da chuva temporal atemporal única pode me molhar que as toalhas da vida estarão para me enxugar ou secar-me em teus seios em teus belos óculos olhos divinos magistrais de corpo e alma feminina vida minha vida tua vida nossa vida breve aqui estou descalço sentindo as pontiagudas flores da vida e não encontro outro odor senão o perfume que me inebria que me imberbe alma tecido lã algodão derme nua tua escala da vida solidão fui estrada sou eis-me refrão desregrada mutação de uma estação qualquer verão outono inverno primavera verão e o ciclo se repete no vórtex em ângulos caleidoscópicos espelhos imaginários imagine você eu aqui inserido sendo tendo o que este quintal me oferta em papéis de orquídeas o roseiral da nossa permissão permitida emoção da vida

Oreny Júnior

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